quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A História da maconha foi corrompida, censurada, omitida e falseada, tudo em favor de interesses de grupos comerciais (indústria do álcool e do tabaco) através da compra via lobby de deputados e senadores que votaram leis repressoras e pela compra da opinião publica através dos meios de comunicação em massa, no entanto nos últimos meses tem se visto a manifestação da burguesia em relação ao tema demonstrando-se muito mais tolerante ao debate, (“Fernando Henrique Cardoso e Arnold Schwarzenegger defendem liberação do uso pessoal de maconha”) . A necessidade de abrir novos mercados para vencer a atual crise econômica e o uso de cannabis começam a mostrar a incoerência e a falsa moral das políticas públicas que tratam do tema, assim como mostram a falta de inteligência econômica,legalizar garante receita (impostos), empregos, possibilidades para agricultura familiar que até o momento estavam sob a sombra do preconceito, alem destes há diversos outros usos industriais para o cannabis, como roupas, remédios e até biocombustivel. Veja alguns exemplos dos benefícios econômicos e sociais da legalização:

Estudo efetuado pelo governo do estado da Califórnia comprova que a legalização da maconha permitiria ao estado a arrecadação de US$1,3 bilhões por ano. Convém registrar, com relação à comercialização da maconha para fins terapêuticas, que o estado da Califórnia já fatura anualmente US$200 milhões.

"Leite de maconha" produzido no Canadá ganha consumidores na América do Norte e é considerado por pesquisadores como “alimento perfeito” e o país faturou segundo o Departamento de Estatística canadense US$ 2,1 milhões em sementes no ano de 2007, comparados a US$ 1,3 milhão no ano anterior.

Estudo apresentado ontem pela organização sem fins lucrativos Beckley Foundation, sediada em Oxford, afirma que a maconha é menos prejudicial que o álcool e o tabaco. O relatório sugere que os governos devem "reconsiderar seriamente" a sua atual política repressiva sobre a maconha baseado no fato de que apenas duas mortes diretamente atribuídas à droga foram registradas no mundo, enquanto o álcool e o tabaco matam 150 mil pessoas ao ano apenas no Reino Unido.

Os Estados fundamentam a proibição do uso da maconha na obrigação de preservar a saúde físico-psiquica do cidadão . Tal fundamento é o mesmo utilizado, por exemplo, da obrigatoriedade do uso de cinto de segurança. Ou seja, o poder público deve lançar mão de meios no sentido de manter íntegra a vida e a saúde dos cidadãos, hipocrisia! Diariamente nos deparamos com notícias de pessoas morrendo na fila de hospitais públicos por precariedade ou falta de atendimento. Será que esta saúde não é a mesma da fila dos miseráveis hospitais e postos de saúde? Não é a mesma das pessoas que usam cigarro e álcool, drogas de uso permitido? Paralelamente à questão da saúde pública, existe o argumento de preservação da ordem social. Ou seja, a maconha e outras drogas levam a sociedade ao tormento da violência generalizada. E a fome e o desemprego provocados pelo capitalismo e pelo descaso político sistemático em que se encontra a classe que vive do trabalho, não é uma violência generalizada? As principais conseqüências da proibição da cannabis são sentidas pelas camadas mais marginalizadas da sociedade, legalizar a maconha diminui o poder dos trafico, pois, boa parte do lucro dos traficantes e dos policiais corruptos, seria destruída. Liberem a maconha e proíbam a miséria provocada pelo capitalismo!

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